Beatriz cresceu em silêncio. Sempre um passo atrás da própria história, um vulto esquecido nos cantos de uma memória ausente, onde ninguém mais lembrava seu nome com o amor que ele merecia, com o rosto que ele tinha, com a verdade que deveria carregar. Foi preciso perder tudo - até a mãe, pela segunda vez - para ela, enfim, desejar algo só para si.
E Beatriz, pela primeira vez, escolheu ser altruísta consigo com a coragem de quem entende que ser egoísta com outros também é um gesto de amor. Quando ela resolve fugir, decide levar apenas o necessário: suas cicatrizes, o riso de quem ama e o coração de Beto, que sempre pertenceu a ela.
Ela é sofredora desde pequena, com insuficiência renal, Beatriz batalha para conseguir um transplante.
Presa dentro de casa, sem amigos ou ao menos um amor. Ela se vê na oportunidade de aproveitar o restinho da sua adolescência e viver a vida que tanto sonhou.
Parece até um sonho! Beatriz não sabia que dali para frente tudo mudaria, e que eu seria muito feliz apartir do momento que se alojasse na república estudantil em São Paulo.
Ela já imaginava tudo oque faria quando chegasse, mas oque ela menos imaginava é que lá estaria a pessoa na qual ela esperou a vida inteira.