
O Selo de Apófis foi quebrado. Na quietude do Templo das Areias Eternas, o pó ancestral dançou ao som de um sussurro antigo — um sussurro de caos. O Olho da Tempestade brilhou por um breve instante antes de seu fulgor se apagar, como o último raio antes de uma noite sem fim. Fragmentos de poder escaparam, libertando o que deveria permanecer adormecido. E o mundo tremeu. Os filhos dos deuses, há muito dispersos, sentiram o chamado. Veias queimaram com a força dos antepassados, dons esquecidos emergiram com violência. Mas dons são tanto bênçãos quanto maldições — e nem todos os herdeiros estão prontos para o que está por vir. Na penumbra, Apófis sorri. Seu espírito, fragmentado, sussurra promessas aos ouvidos dos mortais. Alguns serão corrompidos pela sede de poder; outros lutarão desesperadamente para conter o caos. Mas como se combate algo que nasceu com o próprio universo? O Sol brilhará… mas sua luz bastará para conter as trevas? Os escribas decifrarão a profecia, mas conseguirão impedir seu cumprimento? Os artistas criarão beleza, mas até mesmo na perfeição o caos encontrará morada? E o descendente do caos… será a chave para selar Apófis, ou a porta para sua ascensão final? A areia escoa na ampulheta: o equilíbrio se desfaz. O chamado ecoou. Alguns herdeiros se erguerão como guardiões; outros, como agentes do caos. E, entre a guerra dos deuses e a revelação dos escolhidos, um amor proibido floresce: poderá um filho de Anúbis — Alucard Imhotep — entregar seu coração a um filho de Apófis — Azriel Morgan? Em meio ao turbilhão de poderes e destinos, Alucard enfrentará não apenas as forças ancestrais, mas a si mesmo — ao desejo que o atrai para um homem e à culpa de ter rompido o noivado com a filha do faraó. Dilacerado entre o dever e o amor, ele descobrirá que o maior dos conflitos não se trava nos campos de batalha… mas no próprio coração. No fim, o Olho da Tempestade decidirá: a ordem prevalecerá… ou o mundo será consumido pelo caos?All Rights Reserved
1 part