As Constelações Que Ele Nunca Tocou

Park Jimin foi, um dia, o nome que incendiava o mundo. O maior idol da Coreia, uma estrela feita para brilhar - mas que ninguém jamais enxergou de verdade.

Ele foi lapidado como um diamante perfeito, treinado para nunca errar, nunca vacilar. Enquanto outras crianças corriam sob o sol, Jimin ensaiava até os pés sangrarem. Enquanto buscava calor humano, acumulava apenas troféus.
Por anos, entregou tudo: talento, juventude, tempo.

Até que foi envolto por polêmicas.

Por dois anos, Jimin viveu escondido, enterrado no silêncio das próprias feridas. Fugiu das manchetes, dos ataques, das mãos que o aplaudiam e depois o empurraram no abismo. Fugiu do passado, do presente, de si mesmo.

Agora, ele retorna ao país. Não por escolha, mas por obrigação: para enterrar seu único amigo, a última pessoa que sabia quem ele era por trás da máscara.

Mas voltar significa enfrentar tudo que ele tentou esquecer.
Os olhares que ainda o julgam.
Os fantasmas que ainda o perseguem.
O amor que ainda o assombra - aquele que ninguém nunca soube, mas que sempre queimou silenciosamente dentro dele.

Jimin teme.
Teme decepcionar quem um dia acreditou nele.
Teme não ter forças para recomeçar.
Teme não saber mais quem é - ou quem ele poderia ser.

Ele não sabe se consegue voltar.
Ele não sabe se ainda há um lugar para ele neste mundo.
Ele não sabe se o amor vai salvá-lo - ou destruí-lo mais uma vez.
Ele não sabe se, desta vez, vai sobreviver a si mesmo.