Burn It All - Chaelisa G!P

O sino da porta tilinta pela quarta vez naquela manhã. O cheiro de jasmim recém-cortado mistura-se ao aroma suave de café que escapa da xícara esquecida no balcão. Lisa ajeita o avental, empurra uma mecha atrás da orelha e suspira - mais por hábito do que por cansaço. A floricultura, com suas luzes quentes e livros de poesia empilhados nas prateleiras, era seu santuário.
Ela não esperava que o caos aparecesse naquele dia, não naquela rua calma em um bairro calmo de Seattle.
O barulho veio de fora. Um grito. Um tom de pânico.
Lisa ergueu os olhos a tempo de ver a mulher fardada da cafeteria atravessar a rua correndo - não, voando - com uma expressão de fúria controlada e um porte de dar inveja a qualquer heroína de filme policial dos anos 90.
Ela deslizou pelo capô de um carro como se fosse natural, como se aquilo fosse apenas mais uma terça-feira.
E era.
Para Rosé.
(Rosé intersexo, se for sensível a esse conteúdo, não leia.)