Tô Indo, Mas Já Volto (Ou Não).

Nascido em casa, criado nas ruas, moldado por dificuldades - mas nunca quebrado.

Rogério é o último filho de Dona Maria, e desde os
primeiros passos em chão de terra batida, aprendeu que a vida não dá moleza pra ninguém.

Dos tombos de bicicleta aos tombos da alma, ele enfrentou a fome, o preconceito, os improvisos da infância pobre... e riu de muitos deles.

Foi lavador de túmulos, vendedor de alface, engraxate e ourives. Aos 14, um bilhete de feira dizia que morreria aos 15. Não morreu - e começou a viver com ainda mais coragem.

De lá pra cá, virou pai, escritor, taxista, joalheiro, homem de fé e de muitas histórias pra contar.
Mas nenhuma delas supera a que ele vive hoje:
A história de Roger, seu filho - um verdadeiro herói da vida real.

Diagnosticado com Distrofia Miotônica de Steinert, Roger não podia trabalhar, correr, fazer esforços... Mas também não podia se entregar.

Foi então que vestiu o boné (seu inseparável companheiro), pegou uma caixa de balas e, todos os dias, colocava uma fantasia: Homem-Aranha, Pantera Negra, até de Harry Potter.

No semáforo perto de casa, ele virou o "Homem-Aranha dos Doces". Um símbolo de coragem com um sorriso por trás da máscara.

Hoje, a história ganha um novo capítulo. Roger está internado, após complicações cardíacas - e a cidade inteira reza por ele.

Mas este livro é mais que um relato de luta: é uma carta de amor de um pai para o mundo.
Com fé, humor e verdade, Rogério nos lembra que a vida pode até machucar... mas quem tem amor, nunca anda sozinho.

Prepare-se para rir, se emocionar, e acreditar no poder da esperança.
Porque esta não é só a história de um pai e um filho.
É a história de todos que continuam de pé mesmo quando o chão some.

Estes capítulos foram escritos numa poltrona marrom ao lado do leito hospital onde meu filho se encontra com apenas 28 anos cuidando do seu coração...