Atrás dos Risos, Minhas Lágrimas

Tem gente que acha que a pior solidão é estar sozinha.

Mas não é.

A pior solidão é estar cercada de pessoas que dizem gostar de você, que riem com você - mas te deixam de fora quando o assunto é sentir de verdade.

Eu via os risos, as conversas paralelas, as trocas de olhares que me ignoravam como se eu fosse invisível. E por mais que eu tentasse me convencer de que era só impressão... a dor não mentia. Ela me acompanhava no caminho de casa, se escondia atrás do meu sorriso forçado, e me apertava o peito nos dias em que todos estavam juntos, menos eu.

A exclusão não começou de repente. Ela chegou aos poucos - como uma brisa gelada entrando pelas frestas de uma janela mal fechada. Primeiro, foram os convites que pararam de chegar. Depois, as piadas internas. As respostas secas. As mensagens visualizadas e ignoradas. E, por fim... o silêncio.

"Você que se exclui", elas disseram. Mas como se exclui alguém que só queria pertencer?

Eu guardei tudo por tanto tempo. Fingindo que não doía. Fingindo que não me importava.

Mas agora eu vou contar. Não só por mim, mas por todas as meninas que já se sentiram sozinhas mesmo rodeadas de "amigos". Essa história não é só sobre exclusão, mas é um diário disfarçado de história, então, tudo que eu paço, eu escrevo aqui.

Essa é a minha verdade.

E ela começa aqui.