A Irmã Do Meu Inimigo

Ela fuma escondido. Já usou droga. Já quase matou uma mina por nada.
Fernanda tem 17 e já carrega mais ódio na língua do que muito bandido no peito.
Fala palavrão como quem respira, tira sarro de tudo, e se alguém tenta mandar nela, ela ri.
Não nasceu pra obedecer, muito menos pra agradar.
Mas o erro dela foi mexer com ele.

Mateus não ama ninguém.
Ele fode, depois some.
Cheio de cicatriz no corpo, cheio de sangue nas mãos.
Gosta de respeito, não de romance.
Cresceu vendo gente morrer, então não vem com drama de gente mimada.
Não aceita desaforo, não abaixa a cabeça.
E odeia o irmão dela como se fosse um demônio.

O que era pra ser só provocação virou vício.
O que era pra ser só um erro virou rotina.
Ela, cheia de raiva e safadeza.
Ele, cheio de ódio e tesão.
Nenhum dos dois presta.
Mas quando se encostam, o mundo desaba.

Não tem amorzinho aqui.
Tem palavrão, tapa, ciúme, tiro, briga e beijo roubado.
Ela é a irmã do inimigo. E ele é tudo o que ela nunca deveria querer.