- Vamos fazer amor.
- Hã?! O quê?
Apolo sorriu de canto, como se saboreasse a confusão do jovem à sua frente.
- Você é indeciso para um deus.
- E você é ousado demais para um humano.
Jacinto não teve tempo de responder. Os lábios de Apolo encontraram os seus, quentes como o próprio sol, exigentes, divinos. As mãos firmes deslizaram por sua pele, traçando cada linha como se tentassem memorizá-lo. Jacinto arfou entre o beijo, sentindo o calor que emanava do deus, queimando, consumindo.
- Você é quente, Apolo...
O olhar dourado percorreu cada centímetro de seu corpo, faminto, adorador.
- Você é a criatura mais linda que eu já vi... - Apolo murmurou, os dedos deslizando devagar. - Você é perfeito.
O Destino já estava escrito...
Apolo, o deus do sol, filho de Zeus. Jacinto, um órfão apadrinhado pelo rei e pela rainha de Esparta. O humano que ousou encantar um deus.
Mas o Olimpo não perdoava amores proibidos.
- Esse bastardo não tem um pingo de vergonha, é como seu pai. - Hera disse, com desprezo nos olhos. - Só você pode dar um jeito nesse tal Jacinto, não é... Ares?
O vento sussurrou, trazendo a voz cheia de veneno de Zéfiro:
- Você não deve ficar perto de Apolo. Entre deuses e deuses... esse seria o pior.
Inspirado no mito de Apolo e Jacinto ... vem aí...
JACINTO
Escrito por @DeyseFreitasdemoura, De Moura.