No abraço silencioso do horizonte, Mar deixa seus segredos navegarem.
São cartas invisíveis, versos molhados de esperança, escritos para um sol que não sabe que existe.
Sol é ela, luz discreta que aquece sem pedir nada,
um brilho distante na mesma sala onde os corpos se ignoram,
mas os corações, ah, esses já sabem do outro.
Entre o sussurrar das ondas e o calor que toca a pele,
cresce um amor feito de ausências e encontros que nunca foram,
um sentimento tão leve quanto a brisa, e tão profundo quanto o mar.
Será que as palavras que o mar carrega poderão alcançar o sol?
Ou será que esse amor viverá na quietude dos olhares não cruzados,
guardado para sempre entre cartas que nunca serão lidas?
No silêncio que fala mais que mil palavras,
duas almas se encontram - mesmo quando não se veem,
mesmo quando só restam os ecos do que poderia ser.