Mekieee mo pilha?
Se estás a ler isso agora, é porque ainda carregas alguma coisa no peito - um resto de saudade, um silêncio guardado, ou aquela lembrança que teima em não morrer.
Aqui não tem filtro, nem pose. Só tem verdade.
Essa coleção é feita de palavras que nunca chegaram ao destino, mas que nasceram com alma. São cartas que escrevi com o coração a sangrar e os olhos marejados. Algumas foram pensadas enquanto sorria lembrando o passado. Outras, no escuro do quarto, onde só eu sabia o quanto doía não poder dizer o que queria.
Tem amor aqui. Tem mágoa, tem ausência.
Mas acima de tudo... tem memória. E a memória, mo pilha, é o que nos mantém vivos mesmo quando tudo parece perdido.
Então, se em algum ponto dessas páginas tu te reconhecer, respira fundo.
Porque talvez - só talvez - a dor que tu carregas seja parecida com a minha.
E juntos, quem sabe, a gente consiga transformar essa dor em palavra.
E a palavra... em cura.
Assinado,
Joy Gouveia.