Ela chegou como um sussurro fora de lugar.
Cabelos tingidos de aurora, olhos serenos como a bruma da manhã - e um sorriso que não deveria caber entre as paredes frias de Hogwarts, muito menos na sala onde se ensina a temer.
Penélope, a nova professora de Defesa Contra as Artes das Trevas, carrega cores demais para a matéria que leciona. Combinações absurdas de roupas que desafiam o bom senso cromático, estampas indecifráveis, e alegria demais no olhar. Suavidade demais para o cargo que conquistou. Silêncio demais para alguém com tanto a esconder.
E isso... irrita Severo Snape profundamente.
Ou será que o desfaz por dentro?
Ele, feito de sombras, lógica e controle, vê nela o caos disfarçado de calma. Um risco. Uma distração. Uma ameaça.
Mas há algo nos passos irreverentes dela que ecoa pelos corredores dele.
E, no fio invisível que se estica entre palavras cortantes e sorrisos que não deviam mexer tanto, o inevitável começa a se traçar - lento, perigoso, e tão silencioso quanto um feitiço lançado sem voz.
Porque até mesmo o coração mais endurecido pode escorregar... quando a escuridão encontra alguém que sorri para ela sem medo - e ainda ousa usar amarelo-mostarda com lilás.
Foi deixada sem motivos Mas cade yaeger a cuidou, criou ela como sua filha também.
Nada fica muito distante, Não importa quantos Milênios passe entre as galáxias Sempre há espaço para um sentimento novo, Algo que o nosso guerreiro bee não sabia ao Certo o que era.