Fragmento

Num mundo onde a memória é uma arma e o silêncio pesa mais do que o concreto, Melinda acorda em meio à neve, sem passado, sem pistas, apenas um bilhete amassado no bolso e o nome de alguém que ela deveria lembrar.

Quando um homem surge da brancura, dizendo conhecê-la, Melinda é levada para uma cabana esquecida no tempo. Mas a realidade se dissolve depressa, revelando um cárcere sombrio onde corpos são testados e mentes, quebradas.

Ali, entre paredes metálicas e silêncios que sangram, ela encontra Vex, um prisioneiro marcado por cicatrizes invisíveis e memórias que ardem como fogo. Juntos, tentam entender o que os mantém vivos, quem são seus algozes... e por que, mesmo sem lembrar, sentem que já se amaram num mundo que talvez nunca tenha existido.

Enquanto fragmentos de um passado enterrado voltam como estilhaços, uma cabana coberta de cinzas, um garoto chamado Brandon, olhos de tempestade. Melinda descobre que dentro dela existe algo que os cientistas procuram a qualquer custo: portas, que não deveriam ser abertas.

Mas o que acontece quando aquilo que está trancado... acorda?

Em um lugar onde a dor é rotina e o tempo sangra lentamente, resistir é mais do que sobreviver. É lembrar.
E lembrar pode ser a sentença final.