𝕿𝖊 𝕼𝖚𝖎𝖘 𝕬𝖙é 𝕾𝖆𝖓𝖌𝖗𝖆𝖗

Entre as cinzas de uma vila destruída, ela sobreviveu. Não por sorte - mas porque a Rainha Má, em toda a sua crueldade calculada, decidiu poupá-la. Para ela, isso foi a pior sentença possível. Morrer teria sido fácil. Viver sob o olhar de uma mulher tão bela quanto vazia... isso, sim, era tortura.

Ela não implora, não chora. Ri com sangue nos lábios, desafia até quando mal consegue ficar de pé. A Rainha, acostumada a súditos de joelhos, encontra ali algo que a irrita e, ao mesmo tempo, a atrai: uma camponesa insolente que não aceita ser mulher e nem teme a morte - pelo contrário, tem um fascínio por ela.

Nos calabouços do castelo, entre correntes frias, ratos e um silêncio que pesa mais que as correntes, ela descobre que a morte não virá tão cedo. E, quanto mais tenta odiar aquela mulher, mais perigosa se torna a curiosidade que cresce dentro dela.

Porque talvez a Rainha não seja apenas má. Talvez seja quebrada. Ou pior - talvez seja exatamente aquilo que ela sempre procurou: alguém capaz de esmagá-la e, ao mesmo tempo, fazê-la sentir-se viva.

Um jogo começa. Não entre prisioneira e rainha, mas entre duas forças que se reconhecem no caos: uma que quer destruir, outra que quer ser destruída. E, no fogo cruzado entre raiva, desejo e vingança, uma certeza se impõe: não haverá vencedoras.

Só restará ver quem sangra primeiro.

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OC (Original Character/Personagem Original) de minha total autoria, inspirado em um alguém que, infelizmente, está tão vivo quanto você.