Houve um tempo em que eu acreditava que algumas histórias nunca precisavam de um final. Que, por mais que o tempo nos empurrasse para longe, certas pessoas permaneceriam conosco de alguma forma; em um olhar roubado, em uma lembrança distante, em um silêncio compartilhado.
Mas eu estava errada.
O tempo não espera. Ele nos carrega para longe, nos transforma e nos obriga a enterrar o que não pode ser resolvido. E eu enterrei. Acreditei, por anos, que o destino já tinha me dado a resposta que eu precisava.
Então por que, depois de tanto tempo, depois de tanta distância, bastava ouvir um nome para que algo em mim vacilasse?
Não sei se foi o vento frio da cidade ou o peso das palavras de minha filha, Alice, naquela manhã. Mas, por um breve momento, antes mesmo de qualquer confirmação, antes mesmo de encarar o passado de frente, meu coração já sabia.
O destino não tinha acabado essa história.
E, talvez, nunca tivesse sido uma escolha minha encerra-la.
Droga, Sabrina. De novo a mesma história?
Mary o odeia. Não no sentido figurado - ela odeia mesmo. Ethan destruiu sua paz antes de sumir do país, e agora voltou, com aquele sorriso cínico e o mesmo olhar de superioridade.
Ethan a provoca só pelo prazer de vê-la irritada. Não perde tempo. Zomba, desafia só pra ver até onde consegue levar a paciência dela.
Ela tenta não mostrar, mas ele sabe exatamente onde ferir.
Ela, a nerd bolsista. Ele, o bad boy rico.