Subtítulo:
Retratos urbanos de dor, resistência e esperança em tempos de convulsão social.
Prefácio:
Nem sempre o caos se anuncia com trovões. Às vezes, ele chega de mansinho, num dia aparentemente comum, camuflado na rotina de quem só quer trabalhar e voltar em paz para casa. Este livro não é apenas uma memória. É um espelho - da cidade, do povo, de nós. É uma súplica pela escuta, uma denúncia disfarçada de poesia, e, sobretudo, um convite à reflexão.
Dedicatória:
A Luanda que me viu crescer, tropeçar e resistir.
Aos trabalhadores invisíveis, às crianças esquecidas,
e a todos os que gritam - mesmo em silêncio - por justiça.
Biografia do Autor:
Leonel Octávio é um jovem escritor e pensador angolano, nascido em Luanda, cuja voz tem emergido como símbolo de consciência social entre os seus pares. Militante ativo, observador urbano e poeta da resistência, Leonel reflete nas suas obras a realidade crua dos bairros, a complexidade do povo mangolê e a beleza trágica que habita as entrelinhas do quotidiano.
Apaixonado por palavras que transformam, escreve com o propósito de provocar reflexão e despertar empatia - porque, segundo ele, "a mudança começa quando escolhemos ouvir o que o silêncio tem a dizer."
"Eles se odiavam.
Desde o primeiro olhar.
Mas estavam presos à maldição.
E havia apenas uma forma de quebrá-la...
Amar.
Jimin era apenas um ômega do campo, puro demais para o mundo cruel ao redor.
Ele não pediu por um casamento forçado, nem por um marido amaldiçoado que se escondia nas sombras com olhos dourados e presas afiadas.
Mas o destino não lhe deu escolha.
Arrancado de sua vila, ele se torna parte de um castelo encantado, habitado por seres presos entre o tempo e a dor.
E no coração de tudo, vive ele. Uma fera envolta em orgulho, solidão e um segredo cruel.
Dia após dia, ódio vira silêncio. Silêncio vira guerra.
E então... guerra vira algo que machuca ainda mais: esperança.
Mas como se apaixona pela própria prisão?"