O MARECHAL E O LOBISOMEM

Enfim uma volta ao passado

Nas profundezas de um mausoléu esquecido, oculto sob o peso secular de um antigo castelo inglês, repousa um relato que atravessa os séculos como um sussurro pagão. Não são apenas páginas, mas fragmentos de um segredo sombrio, enterrado no tempo e clamando por revelação. Datado de 1013, o texto, escrito em uma língua ancestral e deliberadamente afastada do inglês medieval, ergue-se como um enigma impenetrável, cuidadosamente forjado para esconder verdades proibidas.

Mas o que torna essa missão ainda mais aterradora é o silêncio absoluto da história oficial inglesa. Não há menção da criatura, nenhum registro que confirme sua existência, apenas um vazio inquietante que parece conspirar contra os caçadores. Nas palavras registradas pelo próprio Marechal, a perseguição ganha vida. Cada batalha, cada sombra movediça e cada sussurro na escuridão conduzem a narrativa a um clímax inevitável. Não há promessas de glória ou redenção, apenas o peso incerto do destino que paira sobre Von Serran e seus homens. Enquanto a linha entre a lenda e a realidade se desfaz, resta ao leitor o desafio de acompanhar essa jornada sombria, onde a coragem é testada a cada instante.

A Inglaterra medieval torna-se palco de um confronto titânico, mas, ao final, uma pergunta persiste: será que o monstro de Likanárkia cairá, ou os caçadores se perderão nas garras do que nunca deveria ter sido despertado? As sombras têm sua própria história, e elas aguardam. O convite está feito. Entre, se ousar.

Lutécio Falu