
Elanora sempre pintou para fugir. Estudante de artes plásticas em uma renomada universidade, ela encontra refúgio nas cores, nos traços, nas imagens que projeta para evitar encarar o que se esconde dentro de si. Ela ama girassóis - não só pela beleza, mas porque acredita que, como eles, precisa sempre buscar a luz... mesmo quando tudo em seu mundo parece mergulhar em sombra. E então, Clark aparece. Bioquímico, disciplinado, enigmático. Cabelos negros como breu e olhos de um azul gelado, ele parece deslocado naquele universo de pincéis e tinta, mas há algo nele que prende - que inquieta. Clark observa Elanora de longe, como se estudasse uma fórmula que deseja dominar. Com o tempo, sua presença começa a cercá-la: bilhetes sem assinatura, girassóis deixados em locais íntimos, portas entreabertas à noite. Elanora tenta se afastar, teme, resiste... mas algo nela se curva àquela atenção sufocante. Quando finalmente ele a toca, é num momento em que ela está despedaçada - e Clark sabe exatamente onde pressionar para fazê-la ceder. O que nasce entre os dois é tudo menos simples: desejo, controle, medo e uma necessidade obscura de pertencer. Mas é quando o acidente acontece que a ligação entre eles se transforma em algo ainda mais perigoso. Elanora tira uma vida. Sem intenção. Sem preparo. E Clark descobre. Mas ao invés de denunciá-la ou recuar... ele ajuda. Frio. Calculado. Implacável. Ele acoberta o crime, guia cada passo do encobrimento como quem prepara um experimento. E a partir daquele momento, Elanora não está apenas envolvida com Clark - ela está presa a ele.All Rights Reserved
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