🌙 A linha que não cruzamos

Yeonjun sempre foi meu caos favorito. A gente se provoca, briga como dois adolescentes idiotas e depois se liga às três da manhã só pra falar besteira. Somos inseparáveis - do tipo que se conhece mais do que deveria. Já vi ele chorando, bêbado, doente, quebrado... e também sorrindo de um jeito que sempre me desarma.

Por isso, quando aquele beijo aconteceu, não fazia o menor sentido. E ainda assim, fez.
Demais.

Era pra ser só mais uma noite com filmes ruins e piadas piores. Mas um toque a mais, um olhar longo demais... e pronto. Quando percebi, meus lábios estavam nos dele. E ele retribuiu.

A gente queria negar. Fingir que não significava nada. Mas o desejo que explodiu ali não ia embora tão fácil. E o problema é que, depois de provar, eu queria mais. Queria tudo dele. Os sorrisos, os gemidos, a entrega.

Agora, entre encontros escondidos, beijos urgentes e corpos que se conhecem cada vez melhor, eu não sei mais o que estamos fazendo. Mas sei que não consigo parar.

E talvez... nem queira.