
O relacionamento entre Jotaro Kujo e Noriaki Kakyoin floresceu em meio à poeira, sangue e silêncio que marcaram a jornada até DIO. Eles não se apaixonaram como nos livros, com declarações apaixonadas ou gestos teatrais - foi algo mais íntimo, quase imperceptível aos olhos dos outros. Nasceu nos pequenos gestos: um olhar trocado após uma batalha difícil, uma palavra dita no momento certo, ou no modo como Jotaro começava a se posicionar instintivamente entre Kakyoin e o perigo. Kakyoin, inteligente, sensível e observador, enxergava além da frieza de Jotaro. Ele reconhecia a dor contida, a disciplina sufocante e a imensa responsabilidade que o outro carregava em silêncio. Já Jotaro, com toda sua rigidez, encontrou em Kakyoin um tipo de compreensão que nunca exigiu explicações. Kakyoin não forçava barreiras. Ele apenas ficava - presente, calmo, leal. Depois da queda de DIO, em meio à exaustão e às perdas irreparáveis, a sobrevivência de Kakyoin tornou-se um marco - não apenas de esperança, mas de tudo o que Jotaro não queria mais perder. Foi ali, naquele respiro após o fim, que a armadura de Jotaro começou a trincar. Não com palavras, mas com presença. Um toque de ombro. Um olhar que dizia: "Ainda estamos aqui."All Rights Reserved
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