Minhas últimas 10 vidas

Imagine receber uma ligação de uma pessoa anônima, dizendo que você só tem mais dez dias de vida. O que você faria? Talvez tentasse ser uma pessoa melhor? Talvez chamaria uma pessoa específica para viver seus últimos momentos e morrer com um sorriso no rosto?

No caso de Tereza Carter, ela acreditou que fosse uma farsa. Morrer, em dez dias, após ser avisada por gente anônima? Nunca que uma arquiteta séria acreditaria nisso.
Tereza não era uma mulher chata que fazia projetos e se gabava por ter muito dinheiro, pelo o contrário! Ela era doce, gentil e... Talvez meio fechada ao público. Ela não desabafava com ninguém, era do tipo que guardava tudo para si e engolia o choro.
A única pessoa com quem a senhorita Carter desabafou realmente, foi seu amor passado.

Isabela Ferrari vivia uma vida agitada. Sempre andando pelas ruas de Nova York a caminho de desfiles da coleção que ela mesma desenhou, comprando roupas chiques em lojas de luxo e vivendo como uma mulher poderosa e importante vive.
Porém o marido, James, um americano e dono de um aplicativo de sucesso internacional, não a fazia se sentir tão importante quanto deveria. Era de se esperar, pois James e Isabela se casaram por conveniência aos pais dos dois.
Se Isabela pudesse escolher, escolheria viver seu amor passado novamente com coragem e orgulho.
Então, em uma manhã fria nos Estados Unidos, Isabela recebe um e-mail dizendo que ela iria morrer em apenas dez dias. Um e-mail, não. Ela recebe dez e-mails.

Atitudes, erros e verdades do passado estão realmente enterrados no passado, ou algumas coisas nem estão tão enterradas e escondidas assim?
Até onde você iria para se vingar de alguém que considerava?

Isabela e Tereza não sabiam, mas ter pouco tempo de vida acabaria reaproximando-as novamente.
Um amor passado, quebrado, frio e doloroso, que procura respostas.
Porém um amor verdadeiro, puro, quente e amável, que procura a reciprocidade que um dia recebeu.