E se for agora?

"Quando o medo de ficar sozinha fala mais alto, até o que machuca parece seguro."

Após a perda devastadora de alguém que amava, Flora se agarrou a qualquer vestígio de companhia, mesmo que isso significasse permanecer em um relacionamento vazio. O medo de ser deixada novamente a prende a algo que há muito tempo perdeu a cor, mas que ela insiste em sustentar, como se pudesse costurar o passado de volta. Convencida de que tudo pode voltar a ser como antes, ela ignora os sinais de que talvez esteja apenas se perdendo.

Tudo muda em uma noite aparentemente comum, quando aceita sair pela primeira vez em muito tempo. Entre risos forçados e tentativas de leveza, o acaso lhe apresenta um rosto do passado: um ex-colega do último ano do Ensino Fundamental 1. O reencontro desperta lembranças e sentimentos que ela acreditava ter deixado para trás.

Seria apenas coincidência ou o destino tentando abrir uma nova porta? E, se for, Flora terá coragem de atravessá-la ou continuará escolhendo o conhecido, mesmo que doa?