Sempre me disseram que aos quarenta tudo faria sentido. Que a dor se transformaria em sabedoria, que as mágoas se dissolveriam como açúcar no café da manhã, e que eu, enfim, me sentiria inteira.
Acreditar nisso foi meu consolo durante os dias difíceis, meu amuleto contra a solidão, minha oração silenciosa quando o mundo desabava sobre meus ombros.
Mas a verdade é que a vida não espera uma data para mudar. A vida nos atravessa como pode - aos dez, aos vinte, aos trinta - sem avisar e sem piedade. Cresci em silêncio, amei sozinha, caí mais vezes do que gostaria de admitir. Fui mulher demais para homens de menos, esperei demais de quem não sabia ficar, foi filha carente, amante intensa, alma cansada.
Este livro não é sobre ter superado. É sobre ter sobrevivido. Sobre ter continuado, mesmo quando tudo dizia para parar. É um inventário das minhas dores, dos meus amores mal resolvidos, das casas que morei e das vezes que fui morada para os outros, esquecendo-se de mim.
Se você já se sentiu "quase" em tudo - quase amada, quase feliz, quase escolhida - então talvez essa história também seja um pouco sua.
Porque ainda estou esperando pelos quarenta.
Mas agora, com menos ilusões e muito mais coragem.
Sophia Montagna sempre sonhou em ser mãe. Criada em meio a dificuldades, encontrou conforto e propósito trabalhando como babá, cuidando dos filhos dos outros enquanto guardava, no fundo do coração, o desejo de ter um para chamar de seu.
Tudo muda quando ela conhece Lorenzzo Kastelli, um homem frio, poderoso, envolvido até o pescoço com o submundo da máfia. Um homem marcado por escolhas do passado - como a vasectomia que fez anos antes, certo de que jamais permitiria que uma criança entrasse em seu mundo perigoso.
Mas o destino tem seus próprios planos.
Após uma noite intensa, Sophia descobre que está grávida. E o mais chocante: o filho é de Lorenzzo Kastelli - o homem que, teoricamente, não podia mais ter filhos. Agora, entre segredos, riscos e sentimentos inesperados, os dois terão que lidar com uma gravidez que pode mudar tudo... ou destruir ambos.
PLÁGIO E CRIME!!