A rebelião contra Deus não começou na Terra, mas no céu, com a queda de Lúcifer, e depois se estendeu à humanidade. Lúcifer, movido pelo orgulho e pelo desejo de ser senhor de si mesmo, rejeitou o governo de Deus e introduziu o "amor egoísta" no universo. Da mesma forma, o homem no Éden escolheu a autossuficiência em lugar da obediência, permitindo a entrada do pecado e do caos. A essência da rebelião não é apenas um ato externo, mas uma condição interior: o "eu" humano tomando o trono do coração que pertence a Deus. Esse "eu" governa a alma e o corpo, gerando conflitos, guerras e distanciamento espiritual.
Não existe neutralidade: quem não se submete a Cristo está, consciente ou não, sob a influência do maligno. A verdadeira guerra espiritual acontece dentro do coração, e não apenas contra forças externas.
Por isso, a cruz é apresentada como o caminho de restauração: nela o "eu" é crucificado e Cristo entronizado como Senhor. Assim, a salvação não é apenas aceitar Jesus como Salvador, mas render-se a Ele como Rei, em renúncia e obediência. Aqui também desmascara mentiras comuns, como a ideia de que Satanás governa o inferno ou de que basta crer em Jesus sem obedecê-Lo como Senhor.
A conclusão é clara: Satanás não busca apenas tirar Deus do céu, mas do coração humano. A batalha decisiva é quem ocupará o trono do coração - o "eu" ou Cristo - e essa escolha define a eternidade e a verdadeira liberdade.