Akihiro Hanamura sempre acreditou que laços afetivos não passavam de ilusões passageiras - convenções sociais frágeis que encobriam a inevitável falência das relações humanas. Como alfa, herdeiro de uma linhagem severa e chefe de uma divisão de influência no submundo, nunca permitiu que a vulnerabilidade se tornasse parte de sua identidade. Ainda mais quando sua própria irmã, antes sua cúmplice na recusa por vínculos permanentes, se rendeu ao casamento e à maternidade - algo que Akihiro interpretou como traição ideológica.
Tudo muda quando KwonJun Olivine entra em sua vida.
Jun, um ômega estrangeiro de presença delicada e alma resiliente, carrega nas costas o peso das escolhas de sua mãe e o cuidado exaustivo com seus dois irmãos mais novos - um deles doente, o outro ainda criança. Forçado pelas circunstâncias a trabalhar em um clube para sustentar sua família, Jun não se curva ao destino. Seu corpo frágil abriga uma coragem silenciosa, e seu coração, embora exausto, ainda acredita que o amor pode ser real.
Quando o acaso - ou algo mais deliberado - une Akihiro e Jun sob o mesmo teto, o que deveria ser apenas um arranjo temporário se transforma lentamente em convivência íntima. Com o tempo, brotam silêncios confortáveis, toques que dizem mais do que palavras e um vínculo forjado não na urgência, mas na constância.
Apesar de sua desconfiança inicial, Akihiro se vê desarmado diante da ternura de Jun - uma delicadeza que não tem nada de frágil, mas que se impõe com suavidade e constância. O ômega, com seus gestos simples e uma coragem silenciosa, desfaz certezas que o alfa julgava inabaláveis, abrindo fendas nas muralhas que ele ergueu em torno de si. Aos poucos, o que parecia impossível se torna inevitável: Akihiro começa a acreditar que talvez o amor não seja uma fraqueza, mas uma forma de força que ele nunca ousou reconhecer.
" Querido Diário, eu tô ferrada! Eu me apaixonei pelo idiota do Vitor! "
Os últimos anos da adolescência de Maria Eduarda não poderiam estar correndo melhor. Ela estudava num colégio que gostava, tinha amigas que fariam de tudo por ela e já estava prestes a se formar; em breve entraria para sua faculdade dos sonhos e seu diário só tinha coisas boas para relatar.
Até sua mãe decidir que toda a família tem que fazer uma atividade física. Duda fugia de todo e qualquer tipo de esporte, principalmente depois da bolada na cara que levou num aleatório jogo de queimado.
Sem alternativa, Duda se inscreve para jogar vôlei junto com sua amiga, torcendo para que nem precisasse jogar de verdade. Ela só não contava com o fato de que Vitor, irmão de sua melhor amiga e o cara quem deu a bolada nela, trabalharia no esporte clube. O indivíduo ainda foi transferido para a turma dela, como uma peça pregada pelo destino.
Duda não suporta Vitor, mas acaba não tendo como evita-lo em todos os únicos lugares que frequenta. Tudo fica ainda mais confuso em sua cabeça quando ele começa a se tornar atraente demais para alguém que ela detesta.