Essa história é sobre o amor que nasce onde não devia.
Entre ódio, controle e rima.
É sobre Gabriella, uma menina que se arruma pra si, mas vive presa no mundo do irmão, Rogerio - o Apollo, campeão da Aldeia, protetor demais, com medo de perdê-la.
E sobre Ajota, um cara careca, chapado, que vive na fumaça, mas tem o coração limpo e a língua afiada.
Eles se odeiam no começo.
Mas não conseguem parar de se olhar.
E cada vez que um fala, o outro sente.
Não é amor à primeira vista.
É ódio que vira tensão.
Tensão que vira desejo.
Desejo que vira história.
É uma história de quebrada, de praça, de microfone e silêncio.
De quem se acha feio, mas se acha no olhar do outro.
De quem é obrigado a ir a um lugar...
E acaba encontrando o caminho.
Eu escrevi isso porque acredito que amor não escolhe lado.
Às vezes, ele chega num baseado aceso, num banco de praça, numa rima solta.
E muda tudo.
Essa é a nossa história.
Da rua.
Do sangue.
Da rima.
Do começo.
Jade Almeida Siqueira, 21 anos, carrega no peito o sonho que seu pai, Joel, não pôde realizar: ser artista e transformar o mundo com sua arte. Criada no interior de São Paulo, ela enfrentou a falta de apoio familiar e a dor da perda precoce do pai, vítima de um câncer que calou seus sonhos. Determinada a não desistir, Jade mergulhou na poesia, no canto e na dança, levando sua voz aos cadernos e aos corações ao seu redor. Agora, recém-chegada a Alto de Pinheiros, em São Paulo, ela busca nas ruas da cidade uma chance de recomeço e reconhecimento. Seu destino está na Batalha da Aldeia, em Barueri, palco onde espera recitar suas poesias, conquistar amigos entre os MCs e, finalmente, honrar o legado de seu pai - com a voz que é o grito da sua alma. Será que Jade conseguirá encontrar seu lugar e transformar seus versos em realidade?