Essa história é sobre o amor que nasce onde não devia.
Entre ódio, controle e rima.
É sobre Gabriella, uma menina que se arruma pra si, mas vive presa no mundo do irmão, Rogerio - o Apollo, campeão da Aldeia, protetor demais, com medo de perdê-la.
E sobre Ajota, um cara careca, chapado, que vive na fumaça, mas tem o coração limpo e a língua afiada.
Eles se odeiam no começo.
Mas não conseguem parar de se olhar.
E cada vez que um fala, o outro sente.
Não é amor à primeira vista.
É ódio que vira tensão.
Tensão que vira desejo.
Desejo que vira história.
É uma história de quebrada, de praça, de microfone e silêncio.
De quem se acha feio, mas se acha no olhar do outro.
De quem é obrigado a ir a um lugar...
E acaba encontrando o caminho.
Eu escrevi isso porque acredito que amor não escolhe lado.
Às vezes, ele chega num baseado aceso, num banco de praça, numa rima solta.
E muda tudo.
Essa é a nossa história.
Da rua.
Do sangue.
Da rima.
Do começo.