Shinazugawa Sanemi sempre acreditou que sentimentos eram perda de tempo. Com uma língua afiada, um temperamento inquieto e um coração sobrecarregado pelas responsabilidades familiares, seu mundo é construído sobre o barulho - o caos das ruas lotadas, o riso de amigos dos quais ele finge não precisar e a luta constante para se manter de pé.
Então vem Tomioka Giyuu. O novo aluno que não se encaixa, que se move em seu próprio ritmo, que carrega o silêncio não como ausência, mas como presença. Para Sanemi, ele é primeiro um quebra-cabeça, depois uma irritação e, finalmente... algo mais. Algo para o qual Sanemi não tem palavras.
O que começa como culpa e tentativas desajeitadas de conexão lentamente se desfaz em um vínculo frágil - que força Sanemi a confrontar as partes de si mesmo que ele preferiria enterrar. Entre anotações rabiscadas na aula, olhares não ditos e o peso silencioso da compreensão, Sanemi percebe que o silêncio não é vazio. Ele puxa. Ele muda. E talvez, ele cure.
Esta não é uma história sobre amor instantâneo. É sobre aprender a ouvir quando as palavras são insuficientes, sobre encontrar calor onde você menos espera e sobre como duas pessoas - uma barulhenta demais, outra quieta demais - podem se encontrar no meio termo.