Lívia e Caio cresceram em uma pequena cidade do interior, onde cada rua guarda uma lembrança da infância: a árvore em que subiram juntos, a pracinha onde inventavam histórias, a sorveteria que sempre tinha fila nas tardes de verão. Desde cedo, todos diziam que os dois eram "inseparáveis". E eram mesmo.
Agora, já no fim da adolescência, eles começam a sentir que o vínculo vai além do que sempre imaginaram. Mas em vez de coragem, o que nasce é um silêncio delicado - ambos têm medo de arruinar aquilo que é mais precioso: a amizade.
O enredo acompanha momentos cotidianos cheios de ternura: estudar juntos para provas, dividir fones de ouvido em ônibus demorados, escrever bilhetes escondidos em cadernos, rir até a barriga doer em madrugadas no telefone. Pequenas coisas que, para eles, parecem imensas.
O tempo, no entanto, nunca para. Lívia começa a sonhar em estudar em outra cidade, e Caio, que adora colecionar fotografias antigas, sente que cada retrato deles é um lembrete de como tudo pode mudar. A nostalgia se mistura com o medo da distância, e os dois vivem entre olhares demorados e palavras que não encontram saída.
Às vezes, o amor mais bonito não é feito de grandes gestos, mas de memórias silenciosas, guardadas nos intervalos do tempo.
No final, o destino os força a tomar uma decisão - e talvez seja justamente na despedida, entre lágrimas e sorrisos, que percebam que nunca precisaram de coragem para amar, porque o amor sempre esteve lá, quieto, acompanhando cada passo.
Uma menina chamada Ana Flávia sofria bullying dos primos por ser a mais nova e pra sua sorte estudavam na mesma escola, então um dia acabou por acidente no muro do seu futuro "amigo" Gustavo Pierone Mioto