Nicola

Nicola.
És tu que me conheces e me provocas. És tu que me torturas com o laço doce e terrível da dor. Nos abismos azuis de teus olhos, eu me perco e me afogo, e na dança de nosso sangue confundido o destino escreve sua sentença, amarrando-nos num amor que não redime, mas devora.
Teu nome está gravado em minha pele como ferro em brasa, e corre por minhas veias até que meus ossos se quebrem sob o peso de teus sussurros. Sou pó diante de tua vida, e ainda assim espero mil eternidades para existir em tua presença, contando cada segundo como se fosse o último fôlego de um condenado.
Nicola.
Eu vim a este mundo para conhecer-te e perder-me em ti.
Nicola.
A sinfonia do meu coração é tua, eternamente tua, tanto quanto este corpo miserável, frágil e corrompido que só sabe morrer em teus braços.
Minha Nicola, a megera.