Elyria, tinha apenas 19 anos. Era conhecida por sua delicadeza e beleza incomum - uma presença quase invisível que parecia sempre deslocada do mundo em que vivia. Desde criança, sentia que algo a chamava nas noites silenciosas, como um sussurro no vento que apenas ela conseguia ouvir.
Certa noite, guiada por esse chamado, encontrou-se diante de um estranho de olhar profundo e perturbador: Korvus, um vampiro marcado pela eternidade. Sua presença era ao mesmo tempo assustadora e fascinante. Os olhos rubros refletiam segredos antigos, e os lábios revelavam presas que poderiam ser sua perdição.
Mas quando os olhares se cruzaram, algo inesperado aconteceu.
Em vez do medo, ela sentiu reconhecimento.
Em vez da sede, ele sentiu compaixão.
O que nenhum deles sabia era que estavam ligados por uma antiga profecia: Elyria era descendente da mulher que, séculos atrás, havia salvo Korvus da completa escuridão. O destino unira novamente as suas linhagens - mas desta vez não como salvadora e amaldiçoado, e sim como duas metades de uma mesma história.
Elyria começa a perceber que sua própria vitalidade é anormal - feridas nela curam rápido demais, e seus sonhos são sempre povoados por lembranças que não são suas: memórias de Korvus , suas batalhas, suas dores, suas cicatrizes.
Ela não é apenas uma jovem qualquer: sua vida está costurada à dele, e cada vez que o vampiro sangra, uma marca leve aparece em sua pele.
Com o tempo, Korvus passa a acreditar que Elyria é sua redenção.
Mas a garota descobre algo ainda mais perigoso: se ele morrer, ela morrerá também.
Agora, ambos vivem entre sombras e dilemas.
Elyria , dividida entre medo e fascínio, precisa decidir se aceita sua ligação com o imortal - e talvez compartilhar de sua escuridão - ou se tentará romper um destino que parece impossível de desfazer.