Dois reinos Um destino

Charlotte perdeu os pais aos sete anos e, desde então, guardou seus sentimentos atrás de um silêncio quase impenetrável. Já vivendo em Nárnia, cresceu entre os narnianos, aprendendo a ser forte em meio ao luto, mas também desenvolvendo um profundo medo de se apegar a alguém novamente — como se amar significasse inevitavelmente perder.

Quando Caspian sopra a trompa mágica, ela testemunha a chegada dos reis e rainhas de outrora e logo se envolve na jornada ao lado de Pedro, Susana, Edmundo e Lúcia. O encontro desperta nela tanto admiração quanto receio, pois cada um parecia trazer à tona algo que acreditava ter perdido para sempre: a sensação de família.

Com Edmundo nasce uma ligação verdadeira, construída na cumplicidade e no respeito, mas seu coração hesita em confiar por medo de se ferir. A profecia de Aslan, sugerindo que seu destino estaria ligado a Pedro, o Grande Rei, apenas aumenta suas dúvidas, dividindo-a entre o que sente e o que acredita ser o dever.