Até o Último Uivo (SukuFushi)

A névoa densa cobria o bosque como um véu de luto. Passos apressados rasgavam a neve, pesados, desesperados. Uivos rasgavam o silêncio da noite.

Uma criança - pele pálida, olhos azuis assustados, o corpo ferido, tremendo, encolhido junto a uma árvore seca, como se tentasse se esconder da própria existência.

E, do alto, asas negras como pecado cortaram o céu.

Ele pousou em silêncio, como um presságio.

Olhos negros. Garras. Presas. Um monstro.

Mas ele parou. Ficou imóvel.

E então, em meio ao desejo, à sede, ao ódio... vieram as memórias.

Duas mãos dadas na penumbra.

Dois corações batendo em descompasso.

Megumi.

Um nome que o tempo não conseguiu apagar.