Na escola, todo mundo sabia da rivalidade: futebol americano contra beisebol. Era quase tradição. Xingamentos no corredor, provocações nos treinos, caras feias nos jogos. O time de Mickey era barulhento, espalhafatoso, sempre querendo provar que dominava. O de Ian devolvia na mesma moeda, orgulhoso e debochado.
No meio desse campo de guerra, tinha o olhar que durava um segundo a mais do que deveria. Mickey, todo uniforme e arrogância, e Ian, com o boné virado e um sorriso que irritava só por existir. Ninguém precisava saber, mas eles mesmos sentiam. Por baixo do ódio ensaiado, havia algo que queimava mais forte do que qualquer jogo.