E ela era linda. Cabelos vermelhos e flamejantes como o fogo, e uau, olhos castanhos âmbar brilhantes. Naquele dia, em especial, seus cabelos estavam presos em uma trança, que caia pelos seus ombros finos. Sardas escuras quase por todo o rosto. Linda como só ela, teimosa como uma porta, fazia Elijah se sentir sortudo. Pois ela era dele. E de ninguém mais. E o nome dela era Esther. Como o da princesa judia que salvou seu povo na bíblia. O nome mais lindo do mundo para o moreno. Significa estrela em persa. Mas uma estrela comum era muito pouco para ela. No universo de Elijah, Esther era a mais bela das estrelas que se tem notícia. Seu sol. A estrela que traz luz e aquece seus dias. Naquele fim de tarde, esse era exatamente o motivo de estarem sentados na ponta do telhado da casa de Esther. Eles balançavam as pernas no ar, e se sentiam desafiando a morte. Na verdade estavam,e não era por causa do telhado, mas não sabiam ainda. Eram só duas crianças, 17 anos. Sem motivos para temer. Tudo, ou quase tudo que amavam, foi arrancado deles. A morte fez isso. Eles consideravam sua vida uma bagunça. Isso é porque eles nem sabiam o que estava por vir. E talvez, se pelo menos imaginassem, não teriam ficado tanto tempo olhando o céu aquela tarde. Nem na seguinte. E nem no próximo um ano que se passou. Editada da minha original, Unlearn. Todos os direitos reservados.
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