O mundo nunca conheceu silêncio. Sempre houve o som abafado das guerras, o sussurro de tratados quebrados, o rugido de impérios em ascensão. Quando os povos acreditavam que a chama da discórdia se extinguiria, uma nova faísca surgia em outro canto distante das estrelas.
No coração gelado de Nyvarra, erguia-se o Palácio de Nyx Prime, sede do poder absoluto. Era ali que governava Kael Vorran, Imperador supremo, herdeiro de uma linhagem capaz de dobrar o gelo e o frio como extensão da própria carne. Seu sangue carregava o inverno, e sua vontade havia moldado reinos e estrelas. Ao lado dele, sua irmã mais nova, Selene, observava em silêncio os movimentos políticos, como uma lâmina ainda embainhada - mais jovem, mas tão letal quanto o irmão.
Do outro lado da galáxia, no deserto abrasador de Aurelis, o sol nunca descansava. Suas areias queimavam, e sob elas repousava a maior riqueza já conhecida: o Éter. Matéria viva, essência da magia e motor das viagens interestelares, o Éter era ao mesmo tempo bênção e maldição. Nos dias atuais, muitos poucos podiam senti-lo em sua forma pura, e menos ainda podiam conduzi-lo. Entre esses raríssimos, estava Lysara Teoran, a filha mais nova da Casa Soberana de Aurelis - uma Condutora.
Seu dom a tornava indispensável, mas também vulnerável. O Éter fluía por ela como calor e luz, respondendo a cada respiração, a cada batida de seu coração. Por isso, Aurelis era ao mesmo tempo temido e cobiçado, sempre na beira da guerra contra o Império.
Kael sabia que a espada não poderia ser a única resposta. Exércitos se desgastavam, mundos eram devastados, mas o ciclo permanecia o mesmo. Apenas uma união poderia quebrar séculos de hostilidade: uma aliança selada não por decretos frágeis, mas por sangue, carne e destino.
Davina odeia todos os Mikaelson, por eles serem monstros sem piedade que só machucam os outros para ganho próprios.
Mas com a chegada de outra Mikaelson na cidade pode mudar esse pensamento dela sobre eles ou será só mais um perigo para cidade?