ノ 𝐏ᴏᴄ̧ᴏ 𝐒ᴇᴍ 𝐅ᴜɴᴅᴏ 𐡢 ᖴOᖇՏᗩKᗴᑎ ベ

Após sofrer uma morte cruel e injusta, você desperta em um lugar que não pertence nem aos vivos nem aos mortos, um purgatório moldado pelas falhas que tentou enterrar em vida. Lá, o tempo não avança, apenas se repete. Dia após dia, você revive as sombras da própria história, aprisionada em um ciclo que parece não ter fim.

Cada lembrança se transforma em peso. Cada gesto não dito, cada culpa ignorada, volta para corroer o pouco que resta de você. Ao seu redor, outros sobreviventes vagam da mesma forma, almas partidas, empalhadas de arrependimento, tentando costurar fragmentos de si que já não reconhecem.

Você se pergunta: minha vida foi realmente tão horrível a ponto de merecer isso?

Mal sabe que, por trás do silêncio daqueles que dividem esse limbo com você, escondem-se histórias tão retorcidas e dolorosas quanto a sua, talvez até piores. Ali, a tragédia é universal. O purgatório não é punição; é espelho. E cada alma é obrigada a encarar a própria monstruosidade, não importando o quão bem ela tenha sido disfarçada.