𝟷𝟿𝟿𝟾.
Era sempre à noite que Jennie sentia aquela estranha presença. Um barulho quase imperceptível no quintal, o ranger da janela do quarto, uma sombra que passava rápido demais para ser apenas imaginação.
Ela era popular, bonita, o tipo de garota que todo mundo queria por perto. Mas ultimamente, mesmo cercada de amigos, Jennie sentia um frio na espinha que não tinha nada a ver com o vento gelado de inverno.
Não contava pra ninguém. Quem iria acreditar que alguém a observava? Que alguém sabia a hora que ela chegava em casa, quando tomava banho, quando apagava a luz?
Era só um jogo de nervos... até a primeira noite em que ela acordou e viu a figura de máscara branca, parada no canto do quarto. O coração quase saiu pela boca. Ghostface.
Mas, em vez de gritar, ela ficou paralisada. Aquela máscara deveria ser assustadora, mas havia algo... fascinante. Uma energia que deixava seu peito acelerado de um jeito estranho, quase proibido.
O que Jennie não podia imaginar era que a pessoa por trás daquela presença carregava uma obsessão cuidadosamente alimentada. Um nome, uma história, um desejo que crescia à sombra da repetição e do silêncio.
Lisa Manoban - dezenove anos, duas reprovações no ensino médio, uma fama de garota problemática que ninguém ousava enfrentar - já conhecia cada passo de Jennie.