Paris sempre soube guardar segredos entre suas ruas úmidas, seus cafés cheios de murmúrios e seus jardins que se despem com a chegada do frio. A cada outono, as folhas amareladas do Sena parecem carregar consigo histórias que jamais foram concluídas, como cartas nunca enviadas, como promessas esquecidas.
Foi naquele cenário que um amor floresceu - e também ali, lentamente, se desfez. Ainda hoje, quando o vento frio atravessa a Pont des Arts e espalha um véu de folhas secas sobre a cidade, sinto que Paris respira nossa lembrança. É como se cada esquina me devolvesse um fragmento de nós dois: o calor das mãos entrelaçadas, os risos sussurrados contra a pressa do tempo, o silêncio carregado de despedidas que nunca ousamos pronunciar.
O amor que vivemos não foi breve, mas teve a intensidade das estações que não se repetem. Existiu inteiro, sem reservas, como se soubéssemos - talvez no fundo soubéssemos - que o destino já havia escrito nosso último capítulo. Não houve gritos nem rupturas, apenas o peso suave de um adeus que se desenhava em cada olhar, em cada palavra que ficou suspensa entre nós.
Agora, quando olho para trás, percebo que aquele outono foi o último que realmente teve cor. Desde então, o mundo parece girar em tons mais frios, mais pálidos, como se a ausência tivesse apagado a paleta da vida. Paris continua bela, mas é uma beleza que dói - um espelho de tudo que amei e perdi.
Este é o relato de um amor que resistiu ao tempo, mas não ao silêncio. Uma confissão escrita ao som da cidade que testemunhou nossa entrega e nossa partida. Talvez seja apenas uma tentativa de dar forma àquilo que já não existe, de costurar em palavras as frestas de um coração que ainda insiste em recordar.
E assim começo esta história: não como um início, mas como um eco.
Um último outono em Paris.
• 𝐄𝐌 𝐀𝐍𝐃𝐀𝐌𝐄𝐍𝐓𝐎 •
Lorena Ferreira se conhece por reprimir seus sentimentos, sempre foi assim, até um dia um certo jogador e melhor amigo terminar, mas eles encontram muitos obstáculos no caminho os impedindo de deixar esse sentimento fluir.
Lorena tenta esquecer os sentimentos em outra pessoa, até que o camisa 23 percebe seus sentimentos verdadeiros.
Obstáculos.
inseguranças.
Crises.
Amor...ele vai prevalecer?