Às vezes, a queda de nossas próprias convicções é o único caminho para enxergar a verdade e encontrar nossa própria humanidade no processo.
Para Ícaro, a garota que ele sempre observou à distância, era apenas um reflexo de suas próprias inseguranças, um fantasma criado por anos de obsessão silenciosa. Ele acreditava conhecer cada detalhe sobre ela, mas tudo não passava de um espelho embaçado de sua própria mente.
Esta é uma história sobre como nossas certezas podem ser as maiores ilusões que carregamos. Sobre a linha tênue entre a obsessão e o cuidado, entre admirar e desejar possuir. E sobre o difícil caminho de abandonar a persona que criamos para enfrentar quem realmente somos.
O que ele não sabia era que, para enxergar quem ela realmente era, ele primeiro precisaria desmontar a fortaleza de percepções erradas que construiu sobre si mesmo. Esta é uma jornada sobre o peso dos rótulos que colocamos nos outros, o veneno da rivalidade e a beleza inesperada de descobrir que o amor, às vezes, nasce do caos dos nossos próprios enganos.
No fim, a maior descoberta não é sobre o outro, mas sobre quem nos tornamos quando abrimos mão das lentes que nos cegam.