O Chamado Da Carne

Eduarda só queria duas semanas de descanso no acampamento escolar Plutão. Depois de um semestre exaustivo, provas, brigas e um ônibus cheio de fofocas, ela só desejava paz - ou pelo menos uma cachoeira bonita e um café da manhã especial prometido pela monitora Karen.

Mas desde o momento em que chega, algo está errado.

As árvores de bétula que cercam o acampamento parecem observar os campistas com uma tristeza enraizada. Pessoas começam a desaparecer sem preocupação real dos colegas. E os funcionários - o forte e enigmático Nathaniel, o garoto careca Ivan e a radiante Karen - guardam segredos que ninguém ousa questionar.

Tudo piora na noite em que os alunos decidem, às escondidas, voltar para a cachoeira.

O clima é de festa... até a água escurecer.
Até o vermelho começar a descer pela queda d'água.
Até um homem surgir no topo, segurando um corpo ensanguentado - e jogá-lo como lixo na correnteza.

Banho de lua.
Banho de sangue.
E a certeza de que ninguém está seguro.

Agora, presos em um acampamento isolado, rodeados por trilhas falsas, florestas plantadas e olhares invisíveis, Eduarda e seus amigos precisam fugir de assassinos cuja presença parece tão natural naquele lugar quanto as próprias árvores.

E quanto mais tentam escapar, mais percebem que o horror não começou naquela noite.
Ele sempre esteve ali - escondido entre as bétulas, observando, esperando.
E o acampamento Plutão foi construído exatamente onde ele queria.