Helena Collins sempre acreditou que certas lembranças deveriam ficar enterradas. Tipo aquele verão em que Caleb Moretti era só o garoto dos olhos castanhos e do sorriso que fazia o mundo dela parecer simples. Eles cresceram juntos - compartilhando tardes no quintal da avó, segredos, promessas de "pra sempre" e uma amizade que parecia inquebrável. Até que ele foi embora. Sem aviso. Sem mensagem. Sem explicação.
Dois anos se passaram, e Helena jurava que já tinha superado. Que aquele "quase amor" era só uma lembrança empoeirada de adolescência. Mas o destino, esse agente do caos com gosto por ironias, decide trazê-lo de volta. Caleb ressurge - mais alto, mais bonito, mais perigoso. O mesmo garoto de antes, mas com um olhar que carrega sombras demais e um jeito de quem viveu coisas que ela nem imagina.
Agora, ele está no mesmo colégio. Nas mesmas rodas. No mesmo universo que ela lutou pra manter equilibrado. Só que algo mudou: toda vez que os olhos deles se cruzam, o tempo parece prender a respiração. E por mais que tentem ignorar, a tensão entre eles cresce - elétrica, inevitável, quase proibida.
Quando finalmente voltam a se falar, é como se o tempo tivesse dado uma volta completa. O riso volta fácil, o toque volta urgente... e o limite entre amizade e desejo evapora. Eles começam um jogo perigoso - encontros às escondidas, olhares disfarçados, mensagens trocadas na calada da noite. Um casal "off", onde cada toque roubado pesa como um segredo e cada beijo parece um pecado a mais pra confessar.
Entre segredos, culpa e um passado que insiste em não morrer, Helena precisa decidir: fugir do caos que Caleb traz... ou se perder de vez nele.
Porque o problema de brincar com o fogo é que, quando ele te reconhece, não queima só a pele - queima tudo o que você achava que sabia sobre amor.