Dois cômodos ✔️

Em uma casa pequena, um casal enfrenta o peso silencioso da rotina e das dívidas. Entre o trabalho exaustivo, a culpa por descansar e a saúde que se desgasta aos poucos, resta-lhes um cachorro - símbolo de afeto e respiro dentro da clausura cotidiana. Enquanto ele fuma e se cala, ela penteia o cabelo para conter a ansiedade. O animal, que um dia chegou assustado, agora é o elo frágil que ainda os mantém próximos. No gesto simples de um focinho encostado em uma perna, o conto revela o que talvez seja o amor: continuar tentando, mesmo quando tudo parece exausto.