Ela era apenas uma criança quando o mundo desabou diante de seus olhos. Aos cinco anos, teve sua inocência roubada de maneira cruel e irreparável. Cresceu em silêncio, com cicatrizes que ninguém consegue ver, mas que queimam por dentro como feridas sempre abertas. Aos quinze, o destino a golpeou novamente: os pais foram brutalmente assassinados e a verdade sobre o crime permanece enterrada nas sombras, sem culpados, sem respostas, apenas um vazio que consome sua alma.
Foi nesse mesmo ano que ela escolheu o caminho sem volta. A Cruel Spiders abriu suas portas e a acolheu em sua escuridão. Não por bondade, mas porque nela havia algo que combinava com as ruas,fúria, coragem e a necessidade de sobreviver a qualquer custo. Ali, entre armas, sangue e pactos silenciosos, ela deixou para trás a menina frágil e deu vida a uma versão endurecida, fria, implacável.
Anos se passaram. Ela se tornou parte da gangue, tão enraizada quanto as teias que a prendem. Aprendeu a lutar, a negociar, a matar quando necessário. Mas, dentro de si, ainda carrega segredos que ninguém conhece. O maior deles: o medo de se perder completamente naquilo que a gangue exige dela.
No centro desse universo está ele o líder. Um homem tão cruel quanto fascinante, que governa pela força e pelo terror. Entre eles sempre existiu apenas ódio, desconfiança e confrontos constantes. Dois predadores dividindo o mesmo território, testando limites, esperando o momento certo para atacar.
Mas o ódio, às vezes, é só outra forma de ligação. A linha entre repulsa e desejo se estreita, perigosa, até que ambos se veem presos em um jogo que nenhum deles sabe como encerrar. Ela luta contra a atração que cresce como veneno em suas veias. Ele resiste ao impulso de destruir aquilo que, de alguma forma, também o salva.
Agora eu te pergunto, disso tudo, ela consegue se concertar? Consegue ficar em paz com ela mesma? Leia pra descobrir.