UNDERTIDE

Finnegan acreditou que a solidão faria bem.
Um farol velho, uma casa vazia e o tempo suficiente para esquecer algumas coisas que ainda doíam.

Acontece que o mar não é um bom vizinho. Ele escuta. Ele responde. E, algumas noites, ele chama.

Primeiro foi só um sussurro. Depois, passos úmidos no corredor. E então... o reflexo de algo que não era Finnegan parado na janela, olhando para o mar como se esperasse por um sinal.

A vila diz que o oceano de Greywater guarda histórias que ninguém devia reabrir. Mas histórias são teimosas - principalmente as que conversam de volta.

Agora, Finn percebe que não está apenas morando perto do mar. Está sendo puxado para ele. E, quando a maré finalmente subir, ele vai descobrir que algumas profundezas não escondem monstros.

Elas os chamam pelo nome.