O que (não) acabou.

Talvez o destino ainda tenha guardado para elas o reencontro que o coração sempre soube que viria.

Entre treinos, viagens e conquistas, Angelina Costantino e Célia Jiménez aprenderam que o futebol pode unir destinos de formas que o coração mal entende.

Angelina, filha de brasileiros nascida nos Estados Unidos, cresceu entre dois mundos - e encontrou no campo o seu verdadeiro lar. Aos 25 anos, é volante do Orlando Pride e um dos nomes promissores da Seleção Brasileira. Célia, nascida em uma pequena cidade da Espanha, foi lateral do mesmo clube, uma líder silenciosa, dona de um olhar calmo e de uma força que inspirava todos ao redor.

Elas se conheceram em 2021, jogando pelo OL Reign, e ali começou algo que nenhuma das duas soube nomear. Quando o destino as reuniu novamente em Orlando, decidiram dividir uma casa - e, sem querer, dividiram também a vida. Entre risadas, treinos e confidências, o sentimento cresceu.

Mas o tempo, implacável, mudou o jogo. Após conquistar tudo o que sonhava, Célia anunciou sua aposentadoria em 2024. Angelina ficou - com o time, com as memórias, e com um vazio que só tinha um nome: o dela.

Agora, em 2025, a espanhola vive entre estudos e viagens, e Angelina tenta seguir jogando sem a presença que a fazia sentir-se em casa. Nenhuma das duas teve coragem de admitir o que sempre esteve ali - o amor, silencioso, insistente, o que nunca acabou.

Uma história sobre o amor que resiste à distância, às mudanças e ao medo de se revelar. Porque há sentimentos que o tempo não apaga - apenas espera o momento certo para renascer.