O café se tornou rotina, algo rotineiro. A paixão se tornou algo comum. Não se nota mais a importância de determinadas coisas, os valores não estão nos preços, mas na raridade da veracidade, a escassez de profundidade e originalidade. Pensando na ultima vez que senti a brisa da noite, que notei o sabor e aroma de um café puro e que senti o fogo acender todo meu corpo até as labaredas chegares a minha alma, pensando nisso escrevi.
Como um acendedor de postes, transforma a escuridão em fogo, moendo, fervendo, coando, trescalando, saboreando e se tornando café a noite toda, como dormir depois de tudo isso?
PARTICIPAÇÃO ESPECIAL DE UM PAULISTINHA QUALQUER
Guerra, inspiração e, sem o menor dos consentimentos, coautor dessa pequena receita. Encontrado nas noites, na fumaça, na bebida, nas poesias e nos momentos mais insanos.
Certos poemas e poesias aqui encontrados são de sua autoria total e insubstituível.
Com 20 anos, já o conheço a milênios e ainda possui a capacidade de me surpreender em cada trago, a cada gole.
Quente, fluido, amargo, intenso, doce, orgástic*, e por vezes nem é preciso o sex*.
Uma humana. Um guerreiro alienígena. Um destino selado pela deusa.
Os Draelith vivem um dilema mortal: suas fêmeas estão desaparecendo. Uma doença misteriosa ceifou gerações, deixando pouquíssimas capazes de gerar filhotes. A cada ciclo, menos nascem. Os filhotes Dren são raros, e a população corre o risco de desaparecer. A ciência, tão avançada, não conseguiu curar a praga. O Conselho buscou alternativas: unir-se a outras espécies. Mas os orgulhosos Thyrrali de Thyrren recusaram; os Nyssari de Nyssara não são geneticamente viáveis. Restou apenas uma opção desprezível: as humanas, frágeis, indefesas, uma espécie considerada escória galáctica.
Mas, para os Draelith, não há escolha. A sobrevivência de seu povo exige sacrifícios.
Em meio ao Conselho Supremo, a decisão foi tomada: testar uma humana. Uma única fêmea, arrancada de seu mundo, será usada para verificar se sua espécie pode gerar filhos fortes. Nenhum desejava ser o primeiro a se unir a uma terrana. Nenhum - exceto Zareth, o chefe dos guerreiros, que se ergueu em lealdade ao seu povo e assumiu o fardo.
Naquela noite, sob o brilho frio das naves prateadas, uma humana solitária seria escolhida.
Para ela, seria o início de um pesadelo.
Para ele, seria o começo de uma guerra contra sua própria essência.