Naquela barragem, Aislin tinha apenas um propósito: acabar com a própria vida.
Cansada de carregar um peso que ninguém via, ela observava a água escura como quem encara um destino inevitável. Por fora, era tudo que qualquer um desejaria ser: filha de um dos maiores milionários de Namyangju, uma advogada brilhante e admirada, e esposa de um homem que muitos chamariam de perfeito. Por dentro, porém, Aislin estava em ruínas.
Ela já não tinha certeza se amava o marido. Já não reconhecia a vida que levava. Os erros que acumulou ao longo dos anos pesavam sobre ela como correntes invisíveis, e a sensação de sufocamento era tão constante que parecia parte do próprio corpo. Estava cansada - cansada de fingir, cansada de decepcionar, cansada de existir.
Tudo estava planejado. A barragem era remota, silenciosa, e Aislin tinha certeza de que jamais seria encontrada. Pela primeira vez em muito tempo, sentiu paz ao imaginar o fim.
E então ela se lançou.
Só que o fim não chegou.
Horas depois - ou talvez dias, impossível dizer naquele estado - Aislin abriu os olhos em um quarto desconhecido. O teto não lhe dizia nada, o cheiro do lugar era estranho e o frio na pele era novo. Quando tentou lembrar o que havia acontecido, encontrou apenas um vazio assustador.
Ela não fazia ideia de quem era.
Não lembrava seu nome.
Não lembrava sua vida.
Não lembrava que havia tentado morrer.
Eu me lembro do dia em que eu falei sobre não imaginar que me apaixonaria por um mafioso! Pois é, me apaixonei..
E claro, a viagem para Coreia do Sul que mudou minha vida completamente.
Desde tantos acontecimentos bons e ruins durante todo esse tempo que moro com a máfia, não imaginariamos que algo estava prestes a acontecer novamente! Nem mesmo que haveria até morte durante uma perseguição..