Jimin sempre achou que teria mais tempo, cada batida nova e música composta; colocou seu coração em cada uma delas. No auge, com uma carreira promissora, amigos leais, um amor platônico, uma banda que o fazia se sentir vivo e fãs que vibravam a cada novo show.
Erroneamente, acreditou que teria tempo para tudo, que assistiria de perto seus sonhos se tornarem realidade, que poderia ver seu pequeno sonho crescer lindamente e trilhar um caminho sem qualquer obstáculo. Julgou-se capaz de terminar a música na qual vinha trabalhando há meses, pretendia entregá-la antes do prazo final, quase na data limite para a produção do álbum.
Aos vinte e sete, com seus doze anos de carreira, quando finalmente as portas se abriram, um diagnóstico de doença terminal tirou-lhe o sorriso. Chorou silenciosamente com o resultado em mãos, e, em seus poucos meses restantes, decidiu se dedicar aos seus sonhos - aos amores incompletos em sua pasta, aos arquivos inacabados - enquanto se preparava para o seu incerto e sinuoso futuro.
Dois olhares, duas presenças fortes demais pra se ignorarem.
Quando Camila e Erick se cruzam, o silêncio vira provocação - e o controle deixa de existir.