Não é a primeira vez, não é a segunda e nem a terceira. Agora chega! Já deu. Quantas vezes você acha que eu ainda vou aturar? Vinte? Trinta? É sempre a mesma ladainha: desculpe, não deu, fiz o possível, me dá só mais uma chance... Como eu posso confiar na sua palavra? No entanto, e se eu desse outra chance? Seria a última? A saideira? Em toda chance que eu dei as coisas se repetiram. Tudo sempre igual. Erro-chance-erro. Erro-chance-erro. Se eu fosse um pouquinho mais cruel, faria as coisas do jeito que todo mundo faz: erro-chance-erro-fim. Mas tenho o coração mole, generosidade, compaixão... As pessoas se aproveitam de mim, que nem você quer fazer de novo. Não tem vergonha? Acha que é só chegar aqui, se humilhar um pouco, abaixar a cabeça, implorar outra oportunidade e pronto? Não é assim que a banda toca. Mas, se servir de consolo, contigo fui mais longe do que devia.