Eu, a vilã que deveria ter morrido.

Ainda havia ecos do escuro quando Alexandra atravessou a porta. O ar do outro lado era frio demais para ser real, e o silêncio amplo demais para pertencer aos corredores de um hospital.
Seus passos vacilaram, como se o chão ainda se movesse sob ela, e, por um instante, acreditou que continuava no túnel sombrio por onde havia caminhado sem saber por quanto tempo.
- Sua alteza Seren... não está se sentindo bem? - disse a senhora, demonstrando genuína preocupação.
Ao ouvir o nome que saía da boca da mulher, Alexandra gelou.
Seren.
Mas esse não era o seu nome. Estavam confundindo-a com alguém. Ela era Alexandra Carvalho, uma jovem do interior que viera à cidade para tratar de uma doença. Não pertencia à realeza.
Poderia estar sonhando. Sim, o que mais poderia explicar tudo aquilo?