
Assinar foi fácil. Sentir, não. Ela precisava de um marido. Ele precisava de um acordo. Um contrato claro, cláusulas rígidas e nenhuma margem para sentimentos. O casamento era apenas uma formalidade - uma solução prática para aparências, eventos sociais e expectativas que não podiam ser ignoradas. Ela, uma modelo acostumada a ser observada, julgada e moldada. Ele, um fotógrafo que sempre preferiu enxergar o mundo à distância, por trás das lentes. O combinado era simples: convivência calculada, presença impecável em público e distância emocional em particular. Tudo sob controle. Tudo previsto. Ou quase. Entre eventos luxuosos, ensaios silenciosos, rotinas compartilhadas e um casamento que não deveria significar nada, a linha entre o que foi assinado e o que é sentido começa a se desfazer. Olhares duram mais do que deveriam. Toques se tornam perigosamente necessários. E algumas cláusulas parecem pequenas demais para conter o que cresce no silêncio. Porque amar nunca esteve no contrato. Mas ignorar o desejo pode ser a maior quebra de acordo de todas.All Rights Reserved
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